quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Uma agradável descoberta



Aqueles que me conhecem sabem que ir ao cinema é um dos meus programas preferidos. Há uns quatro meses, assisti a uma ótima comédia italiana, O Primeiro que disse, no Cine Rosa e Silva. Aliás, um dos melhores lugares do Recife para ver filmes bacanas. A película é audaciosa. Isso porque o diretor escolheu um gay para ser o galã do filme de um país, como a Itália, extremamente machista e que se orgulha disso.

Tudo bem que essas características poderiam ser facilmente identificáveis no Brasil ou qualquer outro país da América Latina. Mas, a figura do homem másculo, charmoso e bronzeado, com aquele olhar penetrante e com todos os outros atributos possíveis - que permeia o imaginário da mulherada - é a do italiano. Sem dúvida! 

Em uma viagem de regresso de Roma, onde estuda literatura e vive com seu namorado, Tomaso decide contar a seus pais que é gay. Mas, quando ele finalmente vai falar na frente de toda a família, seu irmão mais velho, Antonio, acaba com seus planos ao se antecipar que também é gay. Bem, aí começa a tragicomédia da família italiana.

O filme é dirigido por Ferzan Opztek, de origem turca, gay assumido e estrangeiro.  Apesar dessa mistura explosiva, o diretor vem ganhando muita notoriedade na Itália e nos festivais internacionais de cinema. É um filme primoroso que denuncia as mazelas da hipocrisia naquela sociedade machista onde continuam a valer mais as aparências e a mentira. Uma crítica social e de costumes feita com maestria e, principalmente, muito bem-humorada!

O curioso foi perceber na plateia local alguns risos constrangidos causados por cenas que pareciam ter uma certa familiaridade com a vida real, do lado de fora da grande tela. Afinal de contas, quem não tem um gay na família? Aliás, vou logo tomar partido, coisa que costumo fazer com frequência. Adoro gay, defendo a união estável e adoção entre pessoas do mesmo sexo! Sejamos livres, sobretudo, de preconceitos!

Sim, mas voltando ao título desse post, a agradável surpresa foi Nina Zilli, cantora que assina a trilha sonora do filme. A pop star italiana é extremamente cool e tem como principal influência ninguém menos que a diva, a minha adorada Amy Winehouse.






Nina Zilli é pra escutar sem parar!  

Um comentário:

  1. Parabéns, a crítica está maravilhosa. Beijos e vamos combinar um cineminha.

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