segunda-feira, 4 de março de 2013

“Poderia pintar para ganhar dinheiro, mas por que fazer isso se posso fazer meu próprio dinheiro?”




Eu achava que já tinha dado a minha cota de filmes de guerra e holocausto. Depois de assistir aos Falsários, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009, vi que não. Há muitas nuances e histórias ainda pouco vistas e interessantes que valem a pena.

O filme nos dá uma boa impressão logo no começo, com belas imagens de ruelas típicas das cidades da Riviera Francesa.

No auge da 2ª Guerra, Salomon é um judeu falsário e bon vivant que, por conta de suas habilidades manuais, vai parar num local pouco habitual do campo de concentração.

Dos ambientes rodeados de luxo e riqueza à humilhação dos campos, este personagem controverso mantém a dignidade, mesmo que sob a máscara da subserviência.

O que diferencia este filme dos demais sobre o tema é que ele não tem como foco o sofrimento dos judeus durante o holocausto. É muito mais do que isso. Nele, há um debate ético sobre o que de fato importava naquele momento.

Sobreviver e trabalhar contra seu próprio povo em prol dos nazistas? Ou sabotar a operação de falsificar dinheiro para financiar a Alemanha, correndo o risco de pagar com a própria vida?

O filme é baseado numa história pouco conhecida da 2ª Guerra Mundial. É uma história bem contada.

Atenção especial para a trilha sonora: um tango argentino lindo!

Recomendo!