quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Até as princesas soltam pum…



Eu sempre me incomodei com as histórias de princesas, sempre belas, magras e loiras. Alguém já viu uma princesa negra ou gorda? E baixinha? Se alguém souber, por favor, me avise porque eu nunca vi. A gente cresce tendo em mente esses padrões de beleza para sonhar e se projetar. Imagine quando a criança é gordinha, dentuça e/ou usa óculos? Ou quando o cabelo é pixaim?  A bailarina de Chico também não tem lombriga, nem frieira, nem piolho, nem ameba e nem pereba.

Sem dúvida, a busca de um ideal que não existe começa logo na infância. Haja frustração por não corresponder aos modelos de formosura dos contos de fadas e das bailarinas. E, na vida adulta recorremos à terapia (seja ela no divã ou na mesa de um bar) para aprendermos a lidar com as nossas “imperfeições”. Isso é desumano!

Por ter sentido na pele o que significa não ser a mais alta, nem a mais loira da classe (para ficar só aqui), sempre procurei desviar a atenção da minha filha Júlia, de quase seis anos, desses valores bestas. Desde bem pequena, ela ganha bonecas do tipo sarará e gorducha. Uma das preferidas é Uva com todas as características acima.

No ano passado, vi um livro que me chamou muito a atenção, na Livraria da Vila, em São Paulo. O título já aguçou a minha curiosidade e, após folheá-lo, não pensei duas vezes. Até as princesas soltam pum conta a história de Laura, uma garota muito curiosa. Uma das questões que mais a intriga (e a seus colegas de escola também) é saber se as princesas soltam ou não pum.

Ela recorre ao pai para esclarecer a dúvida tão perturbadora, que, por sua vez, apela para o antigo "livro secreto das princesas" e, com ele, a confirmação "sim, Cinderela, Branca de Neve e até a Pequena Sereia sempre soltaram pum!". Mas, isso não é tudo, sabe por que o caixão de acrílico de Branca de Neve não podia ficar aberto? E por que o príncipe se apaixonou por ela? E como a Cinderela soltou seu primeiro pum? Bem, descubram o segredo!

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