sábado, 10 de setembro de 2011

Mais do que um mimo…


É muito bacana essa concepção da Mimo, a Mostra Internacional de Música em Olinda.  Além dos shows mais modernos ao ar livre (como o Gotan Project), assistir a concertos dentro de belas igrejas é uma das sensações das mais agradáveis e emocionantes. A execução de músicas clássicas nos envolve numa atmosfera ritualística que nos aproxima do sagrado. É de um simbolismo gigantesco. O critério de seleção das atrações impressiona pela qualidade.

Não é novidade que esse duo de música clássica e igreja é uma fórmula muito usada na Europa. Mas, as apresentações e concertos em igrejas por aqui só começaram após o aparecimento da Mimo. A gente agradece!

Pezão resumiu num post o sentido deste evento quando atribuiu (e agradeceu) à produção o fato de ter conhecido a Capela Dourada só agora, apesar de ser daqui e dos seus 40 e alguns anos. Foi uma unanimidade a apresentação do minimalista Philip Glass na Igreja da Sé. A lotação nos locais só revela o óbvio: como nós pernambucanos somos carentes de programações culturais bacanas. Quando acontece um evento como este é sucesso na certa! E consolidado!

Outra coisa muito legal desta edição foi a Mostra ter cruzado a fronteira de Olinda e invadido a cidade do Recife (E João Pessoa também). Fui ao concerto da Orquestra de Câmara de Toulouse na Igreja do Carmo. Que cena mais bonita a igreja tomada por gente de todas as classes sociais, todos reunidos ali com um único propósito: apreciar o belo! Músicos de excelência (esta característica Mauro sabe reconhecer melhor do que eu por ser músico nas horas vagas) executando lindas peças!

Sem dúvida, a Mimo é muito mais do que um mimo para nós pernambucanos. É uma dádiva!

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