sexta-feira, 13 de abril de 2012

London is calling me!


Já faz algum tempo que ando escutando sem parar o maior dos ingleses. Sim, o camaleão David Bowie. A cada música dele eu me transporto para um canto de uma das cidades mais cool que conheço. Para ser mais precisa, quando escuto Heroes ou Sound and Vision sou imediatamente transportada para Camden Town. Sim, a mesma Camden da fantástica Amy Winehouse, a Camden dos punks remanescentes de 70, a Camden dos The Clash, a Camden do fabuloso Jazz Café, a Camden dos mercados livres e dos bistrôs charmosos. Londres está sempre à frente do seu tempo. É vanguarda na essência. Que o diga a icônica Vivienne Westwood, só para ficar num exemplo de moda!  

Oxford Street no Natal
Sim, estou saudosa dos anos em que morei nessa cidade tão estilosa e cheia de charme. Para aumentar ainda mais a saudade, essa semana eu encontrei com a minha querida amiga Dina Duarte com quem vivi ótimos momentos londrinos. Imagina você se formar na mesma turma de jornalismo, passar anos sem vê-la e vai encontrar ocasionalmente logo em Oxford Street, coração de Londres? Pois foi assim meu reencontro com Dina. Um reencontro desse só poderia resultar em muitas histórias, entre baladas, confidências e passeios! Sempre quando a gente se encontra lembra de algum episódio desvairado na nossa London Calling. E cai na gargalhada! Você é uma fofa, Dina!

Londres é trendsetter em tudo. É a Meca mundial da street wear. O paraíso das fast fashion. É o tipo de lugar onde ninguém tem medo de ousar, de ser diferente. E por falar em fast fashion, logo vem à cabeça as famosas H&M e Top Shop. São ótimas, diga-se de passagem. Mas, pra mim o conceito de fast fashion é a Primark. De longe, a mais barata. Agora é preciso ficar atenta ao acabamento que, de fato, às vezes deixa a desejar. Ainda assim, vale demais a pena. Amooooo! Deixe o preconceito fora da loja e se jogue. A gente encontra blusas lindas por 5 libras ou casacos super fofos por 10 libras. Para vocês terem uma ideia, há 10 anos comprei uma saia preta toda bordada que, quando coloco aqui no Recife, faz o maior sucesso. Foi de lá, da Primark. Se não me engano paguei a bagatela de 7 libras e ela ainda está inteira.

Que saudade desses brechós !


Quem me conhece sabe que amo um estilo retrô e um brechó. Pois bem, Londres é o paraíso dos brechós e feirinhas vintage! Ah, os mercados públicos são imperdíveis. As quadras entre Commercial Road, Brick Lane e Spitafields Market, no East London, são repletas de brechós e lojinhas vintage cheias de estilo. Aliás, as lojas de second hand (roupas usadas) em Londres são super cool. Nada a ver com roupa velha e mal cuidada.

O mercado em Portobello Road, em Notting Hill, é o que há. As casinhas em estilo vitoriano, com suas fachadas coloridas, e as lojinhas de objetos de decoração, joias e livros antigos são imperdíveis. O bom é ir num sábado pela manhã e terminar o passeio no Churchill Arms (numa rua que liga Notting Hill a Kensington Street), um dos pubs mais famosos da região e o que eu mais frequentei por estar localizado a apenas duas quadras de onde eu morava.





E os parques londrinos? 


Adorava o café do Holland Park. Tinha altos concertos gratuitos!

Kensigton era a extensão da minha casa pra tudo, até pra chorar nos momentos dureza!
Vivi entre Holland Park e Kensigton Park. Um luxo, ou melhor, dois! Mas, os que eu mais gostava de ir ficam longe. Deixe de novo o preconceito de lado e se jogue em East London. Pegue a  Central Line até Bethnal Green Station e vá caminhando a um parque dos mais bacanas, o Victoria Park, que é bem sossegado.

Hampstead: Costumava tomar banho aí e fazer piquenique no verão 
O parque Number One é o Hampstead Heath, também fora do circuitão. De lá, você tem uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade – depois do London Eye, claro! – e de quebra conhece a casa onde Karl Marx escreveu o Capital para depois discorrer sobre as ideias marxistas tomando algumas pints num dos inúmeros pubs das redondezas.

O Soho é uma efervecência de diversidades!
O SOHO, com todas as letras em maiúsculas mesmo, é outra parada obrigatória. Um lugar super badalado que reúne várias tribos, inclusive é a rua mais desejada da cidade para o consumo, a Carnaby Street. Tem muito restaurante bacana para todos os bolsos e lojas incríveis de designs. Costumava ir ao Busaba, um thai food muito bom. Sem dúvida, um dos bairros mais cool de London Town!


Saudade de tomar café no Pret à Manger antes de entrar no tube

Ming the gap, stay clear of the doors. Quem já esteve lá sabe do que estou falando. Do Tube, o famoso metrô de Londres. Aliás, compre um travel card e vá desbravar a cidade de underground, pois a malha cobre quase toda a cidade e, quando não, permite fácil acesso aos trens metropolitanos. O legal do metrô é que você encontra uma pequena mostra desta cidade cosmopolita: do punk à inglesa montada para uma balada! Quem vai pra balada em Londres (não, a noite não termina quando os pubs fecham!), tem que pegar pelo menos uma vez os famosos NIGHT BUS. Pense numa extensão de farra! 

Os festivais de jazz, de verão, de inverno, os museus, as lojas de conveniência dos indianos, as famosas Off License, as galerias de arte. Tudo, mas tudo naquela cidade é IM- PER-DÍ-VEL. Até os supermercados. Se quiser economizar, compre no Tesco. À procura de um mimo a mais para um evento especial, vá ao Marks & Spencer. O Sainsbury’s é o meio termo dos dois.

Ah, parada obrigatória para os amantes da boa música: 606 Jazz Club, que fica num dois bairros mais charmosos, o Chelsea. Lá tem ainda um mercado fofo e um supermercado espetacular só de produtos orgânicos!

Agora diz: Londres está ou não me chamando? Corra, Lolô, Corra! Mas, antes junte um dinheirinho e prepare o bolso para gastar pounds....

See you ASAP, London!


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