quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Devolvi tudo...




Ok. Eu sei que o tempo é de carnaval. Mas, entre confetes e serpentinas, acho que não fica tão fora do tom eu me acabar de dor de cotovelo, escutando, falando e escrevendo sobre os efeitos da lama na alma de uma pessoa. Afinal de contas, como bem disse Moacir Franco, a nossa vida é um carnaval, a gente brinca escondendo a dor...

Tenho uma memória afetiva por Nubya Lafayette. Quando criança, todos os dias eu era acordada pelo radinho de pilha da negra Bá, já nos afazeres domésticos, escutando Devolvi o cordão e a medalha de ouro... Como era bom começar o dia daquela forma. Que saudade eu tenho de deitar a minha cabeça sobre os peitos imensos da minha amada negona.

O meu hino Último Desejo, do grande Rosa da Lapa, é sempre pedido por esta que vos escreve no meio de uma carraspana. A última foi na Feijoada do Betinho. No meio do maior sambão de Seu Riba, eis que encarecidamente suplico: Jorge, canta Noel! E começo. Nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo...só sei que neste dia Mestre Riba me deu a honra de uma salsa (ou seria merengue?). E voltei pra casa feliz após ter celebrado a vida mais uma vez.

Bazinha, obrigada por me mostrar a lindeza da vida. Saravá, negona do meu coração.

Te amo e te dedico!



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